Bailes dos Ofícios animaram as Festas da Cidade de Penafiel

No decorrer da cavalhada actuaram os Bailes dos Ofícios, únicos no País 
Estes Bailes retratam as corporações dos antigos ofícios e que estavam obrigadas a apresentar-se na festa com as suas danças, em forma também de louvar a Deus. Os Bailes são seculares e são já referidos no tombo seiscentista e setecentista da festa. Fique a conhecer:

BAILE DOS FERREIROS


O Baile dos Ferreiros foi o único dos Bailes das Festas do Corpo de Deus de Penafiel, únicos no País, que nunca deixou de se realizar. Este baile, também chamado dança das espadas, devido à sua coreografia espectacular, é o mais importante e faz guarda de honra ao Santíssimo Sacramento. Segundo diz o povo, a procissão do Corpo de Deus não pode sair sem este baile.


BAILE DOS PAUSINHOS
O Baile dos Pausinhos, composto por 6 pares de rapazes e raparigas, todos bem apuradinhos, com um par de pausinhos de madeira cada um.
 O Baile orientado ao som do apito, de clarinetes e tubas, tem muita dança e cântico, dando um colorido especial, fazendo deste baile diferente de todos os outros, pelos aspectos que engloba.
    Este baile nasceu numa altura muito poética e romântica, é o que tem mais complexidade musical e terá    sido uma dança descendente das danças com espadas.


BAILE DOS PEDREIROS

Este Baile, único no País, foi recuperado em 2008, e representa o oficio dos Pedreiros, mostrando o dia-a-dia desta classe profissional. No Baile, o Mestre e os pedreiros andam à porfia, enumerando as obras que fizeram. Num desentendimento, os pedreiros acusam o mestre de não lhes pagar o ordenado. O ambiente "aquece" e o senhor meirinho prende o mestre por desacato. A esposa do mestre acode o marido, mas para evitar ser presa promete pagar tudo aos pedreiros que entretanto vão merendar. No fim, o rapaz dos picos recolhe o material de trabalho, acabando todos em bem.


BAILE DAS FLOREIRAS

O Baile das Floreiras, único no País, de muito encanto feminino, é composto por 6 pares de senhoras, vestidas de saia preta, camisa branca, xaile, chapéu, um raminho e uma canastrinha de flores nas mãos. Toda a roupa é decorada com flores. No baile também existe o mestre. A dança retrata as floreiras que vieram à cidade vender as suas flores, mas um homem (mestre) regateia com elas para tentar comprar  as floreiras, e não as flores. No fim acabam por se entenderem entre todos, e as floreiras fazem uma espécie de batalha de flores que enche de alegria todos os que assistem.


BAILE DOS PRETOS


O Baile dos Pretos apresenta-se com uma vistosa e colorida dança de fitas que se entrelaça num poste, celebrando assim a libertação do jugo da escravatura e a sua integração de igual direito na sociedade”
BAILE DOS TURCOS
Esta dança, única no País, de efeito espectacular, retrata uma batalha entre mouros e cristãos. 
Um exército cristão, comandado por São Jorge vem em defesa de uma dama casada com um rei Mouro, mas que está farta e se quer converter à fé cristã. A certa altura do Baile, após as encenações principais, como a prisão da dama e a afronta entre mouros e cristãos, começa a batalha.
São Jorge acaba morto pelo rei Turco, e quando tudo parecia perdido para os Cristãos, rebenta no ar um foguete, e de um grande rochedo sai um anjo que vem ressuscitar São Jorge, libertar a dama e converter os mouros à fé cristã, dando assim fim ao Baile. 

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